quinta-feira, 21 de julho de 2016

Impactos Ambientais

No último século, o nosso planeta tem sofrido muitas alterações devido ao avanço da ciência e da tecnologia.
Tudo isto, permitiu ao homem, maior conforto e melhores condições de vida. Contudo, este sempre pensou que tudo o que a Terra nos oferecia era inesgotável, o que fez com que agisse de uma forma bastante irresponsável.
Deflorestação, poluição das águas, dos solos e do ar, esgotamento dos recursos naturais, estão a levar o nosso planeta para um estado de degradação incrível.

Principais impactos ambientais ligados ao solo.

       Erosão na zona urbana
A erosão urbana é um dos principais problemas ambientais que afetam as cidades. Ela assume formas assustadoras, destruindo a infraestrutura (ruas, guias, sarjetas, redes de água e esgoto, etc.), causando assoreamento nos reservatórios e leito dos rios, e agravando mais as enchentes. A ocupação intensa dos terrenos próximos às erosões multiplica os riscos de acidentes. Além disso, geralmente as grandes erosões (denominadas voçorocas) se tornam áreas de despejo de lixo, transformando em focos de doenças. 
Poluição: lixo nos solos
Com o aumento da industrialização, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados. Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das cidades fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escasso. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações.
Hoje, no Brasil, são produzidas cerca de 80.000 toneladas de lixo por dia. Dessa quantidade enorme, apenas 42.000 toneladas são coletadas; o resto é jogado em terrenos baldios, rios, enterrados, queimados etc. Apenas a cidade de São Paulo produz cerca de 12.000 toneladas de lixo por dia. Atualmente, a maior parte desse lixo coletado é depositada em aterros, "lixões" que nem sempre obedece aos padrões de segurança e higiene, compondo de modo indesejado a paisagem e gerando mau cheiro, presença de animais nocivos e doenças. Isso leva na verdade a dois problemas principais o tratamento dessa enorme quantidade de lixo e o desperdício de recursos naturais. Uma direção para lidarmos com o lixo é dada pela redução e reciclagem.
      Poluição com agrotóxicos
            A padronização dos cultivos, ou seja, o plantio de uma única espécie em grandes extensões de terra - nos EUA, por exemplo, há a predominância de determinada cultura em algumas regiões do país, definindo os cinturões (belts) do trigo (wheat-belt), do milho (corn belt), do algodão (cotton belt) etc. Tem causado desequilíbrios nas cadeias alimentares preexistentes, favorecendo a proliferação de vários insetos, que se tornaram verdadeiras pragas com o desaparecimento de seus predadores naturais: pássaros, aranhas, cobras etc. Por outro lado, a maciça utilização de agrotóxicos, na tentativa de controlar tais insetos, tem levado, por seleção natural (quando só se reproduzem os elementos imunes ao veneno), à proliferação de linhagens resistentes, forçando a aplicação de inseticidas cada vez mais potentes. Isso, além de causar doenças nas pessoas que manipulam e aplicam esses venenos e naquelas que consomem os alimentos contaminados, tem agravado a poluição dos solos. A utilização indiscriminada de agrotóxicos tem acelerado a contaminação do solo, empobrecendo-o, ao impedir a proliferação de microrganismos fundamentais para a sua fertilidade.

Desastre de Mariana

     O acidente em Mariana liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama. Apesar de não possuir, segundo a Samarco, nenhum produto que causa intoxicação no homem, esses rejeitos podem devastar grandes ecossistemas.
A lama que atingiu as regiões próximas à barragem formou uma espécie de cobertura no local. Essa cobertura, quando secar, formará uma espécie de cimento, que impedirá o desenvolvimento de muitas espécies. Essa pavimentação, no entanto, demorará certo tempo, pois, em virtude da quantidade de rejeitos, especialistas acreditam que a lama demorará anos para secar. Enquanto o solo não seca, também é impossível realizar qualquer construção no local.
A cobertura de lama também impedirá o desenvolvimento de espécies vegetais, uma vez que é pobre em matéria orgânica, o que tornará, portanto, a região infértil. Além disso, em virtude da composição dos rejeitos, ao passar por um local, afetarão o pH da terra e causarão a desestruturação química do solo. Todos esses fatores levarão à extinção total do ambiente presente antes do acidente.
O rompimento da barragem afetou o rio Gualaxo, que é afluente do rio Carmo, o qual deságua no Rio Doce, um rio que abastece uma grande quantidade de cidades. À medida que a lama atinge os ambientes aquáticos, causa a morte de todos os organismos ali encontrados, como algas e peixes. Após o acidente, vários peixes morreram em razão da falta de oxigênio dissolvido na água e também em consequência da obstrução das brânquias. O ecossistema aquático desses rios foi completamente afetado e, consequentemente, os moradores que se beneficiavam da pesca.
A grande quantidade de lama lançada no ambiente afeta os rios não apenas no que diz respeito à vida aquática. Muitos desses rios sofrerão com assoreamento, mudanças nos cursos, diminuição da profundidade e até mesmo soterramento de nascentes. A lama, além de causar a morte dos rios, destruiu uma grande região ao redor desses locais. A força dos rejeitos arrancou a mata ciliar e o que restou foi coberto pelo material.
Por fim, espera-se que a lama, ao atingir o mar, afete diretamente a vida marinha na região do Espírito Santo onde o rio Doce encontra o oceano. Biólogos temem os efeitos dos rejeitos nos recifes de corais de Abrolhos, um local com grande variedade de espécies marinhas.










Fontes:




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